Estreou a 7 de Dezembro no Teatro Armando Cortez, em Lisboa. Paulo Sousa Costa é o encenador de um monólogo de Victor Hugo escrito em 1829, O Último Dia de um Condenado à Morte, obra à época criticada por ser deprimente e na qual o autor elogiou Portugal por ter sido o primeiro país a abolir a pena capital (há 150 anos, em 1867).
O palco – convertido em corredor da morte – relata os tormentos na jornada (da condenação à execução da sentença) enquanto levanta questões éticas, criticando a sociedade do século XIX.
Em Alfândega da Fé, a primeira representação fora de Lisboa pela mão da Yellow Star Company, aconteceu no dia 11 de Março.
É um monólogo absolutamente contagiante, em que Virgílio Castelo nos coloca na pele de um condenado à morte, cujo estado de espírito reflecte o seu previsível destino, a esperança que morre com o personagem, o desespero de um fim anunciado.
Fica o testemunho, 70 minutos muito intensos a que Virgílio Castelo empresta tudo o que tem, o que resulta numa interpretação deveras brilhante. Vão ver.
Todas as fotografias © Município de Alfândega da Fé.
Olympus OM-D E-M1 Mark II; M.Zuiko Pro 40-150mm f2.8, M; M.Zuiko Pro 300mm f4; M.Zuiko Pro 45mm f1.2, M.Zuiko Premium 75mm f1.8